quarta-feira, 29 de junho de 2016

O poder da intercessão


Maria intercessora original
Vejamos o que o Santo Padre, o Papa Francisco, nos diz a respeito da oração de intercessão:
“Há uma forma de oração que nos incen­tiva particularmente a gastarmo-nos na evangelização e nos motiva a procurar o bem dos outros: é a intercessão.
Fixemos, por momentos, o ínti­mo de um grande evangelizador como São Paulo, para perceber como era a sua oração. Esta estava repleta de seres humanos: “Em todas as minhas orações, sempre peço com alegria por todos vós, pois tenho-vos no coração” (Fl. 1, 4.7). Des­cobrimos, assim, que interceder não nos afasta da verdadeira contemplação, porque a contem­plação que deixa de fora os outros é uma farsa.
Esta atitude transforma-se também num agradecimento a Deus pelos outros. “Antes de mais, dou graças ao meu Deus por todos vós, por meio de Jesus Cristo” (Rm. 1,8). Trata-se de um agradecimento constante: “Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus” (I Cor. 1, 4); “Todas as vezes que me lembro de vós, dou graças ao meu Deus” (Fl. 1, 3).
Não é um olhar incrédulo, negativo e sem esperança, mas uma visão espiritual, de fé profunda, que reconhece aquilo que o próprio Deus faz neles. E, simul­taneamente, é a gratidão que brota de um cora­ção verdadeiramente solícito pelos outros.
Deste modo, quando um [intercessor sai da intercessão], o seu coração tornou-se mais generoso, libertou-se da consciência isolada e está ansioso por fazer o bem e partilhar a vida com os outros.
Os grandes homens e mulheres de Deus foram grandes intercessores. A intercessão é como a “levedação” no seio da Santíssima Trindade. É penetrarmos no Pai e descobrirmos novas dimensões que iluminam as situações concretas e as mudam.
Poderíamos dizer que o coração de Deus se deixa comover pela intercessão, mas na realidade Ele sempre nos antecipa, pelo que, com a nossa intercessão, apenas possibilitamos que o seu poder, o seu amor e a sua lealdade se mani­festem mais claramente no povo”.[1]
São Paulo quando escreveu a Timóteo disse: “Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens” (I Tm. 2,1).
Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e sentindo suas necessidades de tal maneira que “luta em oração” até a vitória na vida daquele por quem intercede.
Há muitas definições que poderíamos dar sobre intercessão. A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (Tg. 5,16). A Bíblia está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão pelos irmãos. Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão.
O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa. Intercessão é trazer na vida dos irmãos as promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que a vontade de Deus seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que se manifeste na vida daqueles por quem oramos.
A oração de intercessão é um pedido pela salvação dos outros. Nela se manifesta o desejo de salvação que Deus tem pelo homem pecador. Deus não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva; o seu desejo é sempre o de perdoar, salvar, transformar o mal em bem. E é exatamente este desejo divino que, na oração, se torna desejo do homem e se manifesta através de palavras de intercessão.
Mas, por que interceder a Deus por alguém? A resposta é simples: Deus quer fazer-nos atentos ao nosso próximo. Ele deseja um interesse real de uns pelos outros, à semelhança dos cuidados que Ele tem por cada um de nós para que todos sejamos salvos. Por isso, Deus, muitas vezes, não mostra diretamente o seu rosto, mas brilha, se manifesta na ajuda dada a alguém que amamos e por quem intercedemos.
A intercessão verdadeira exige do intercessor amor pelos irmãos e desejo de salvar almas!
Deus te abençoe!
Núcleo Nacional do Ministério de Intercessão.

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